Um mundo made in China

Um mundo Made in China


Estou postando aqui um pequeno artigo que montei com várias fontes sobre o que realmente é a China hoje, voltado principalmente aqueles que tem preconceito com produtos e ou tecnologia chinesa.

“Ah se o Brasil fosse um país de 3º Mundo como a china.”


"A China é um gigante que está dormindo. Deixem-no dormir, pois quando acordar ele irá sacudir o mundo". Foi Napoleão Bonaparte quem disse isso. Se estivesse vivo hoje, tenho certeza de que ele diria que o gigante já acordou “(Luiz Inácio Lula da Silva).

Com um mundo que cada dia está menor as distâncias entre os países, devido à globalização da economia e até da cultura, devido ao grande desenvolvimento dos meios de comunicação abre-se um espaço especial para a China.

A China desde o seu passado imperial a revolução comunista, teve muitas contribuição históricas para o desenvolvimento das novas tecnologias, a exemplo de invenções Chinesas:

• Bússola
• Impressão
• Papel
• Pólvora
• Ábaco oriental
• Estribo
• Besta (arma)
• Leme (navegação)
• Guarda-chuva
• Molinete de pesca

A China, como o Brasil, é um país continental. Uma das diferenças básicas é que o gigante asiático tem 1,3 bilhão de habitantes, cerca de 23% da população mundial, mas apenas 7% das terras agricultáveis do planeta. Mesmo assim, consegue produzir o suficiente para alimentar esse mundo de gente. O Produto Interno Bruto é de 1,1 trilhão de dólares e deve crescer 8% neste ano. Na verdade, a China detém as maiores taxas de crescimento do mundo nas últimas duas décadas. Isso com a renda per capita crescendo 6% ao ano, o que significa que o país, além de crescer em ritmo invejável, tem diminuído significativamente a desigualdade social.
Isto implica que, mão de obra barata não significa sempre salários miseráveis como alguns desinformados contestam para provar que os produtos fabricados na china não possuem qualidade, aliás mão de obra barata não significa mão de obra desqualificada, sendo a china a maior detentora de profissionais qualificados.
Os pesquisadores chineses consideram que a globalização é uma oportunidade de introduzir capitais estrangeiros e tecnologias avançadas, o que facilita o desenvolvimento do comércio exterior e da economia de mercado. Por isto, o assombroso crescimento da China.

Para atrair investidores, os chineses implantaram diversas Zonas Francas (áreas de importação, exportação e produção livres de impostos e taxações) para atrair as empresas estrangeiras para o país.
A diferença entre a participação da China e a do Brasil na globalização salta aos olhos. Nosso país não tem praticamente autonomia nenhuma, o desenvolvimento econômico vem sendo sistematicamente sacrificado e a desigualdade social aqui é crescente (Luiz Inácio Lula da Silva, numa comitiva do PT na China antes de ser presidente).

A China, assim como o Japão e demais tigres Asiáticos, praticam o que chamam de produção globalizada, por exemplo, uma moto para ser fabricada inicialmente o projeto é feito no Japão é enviado para ser fabricado nas indústrias implantadas na China as peças são produzidas com matéria prima oriunda do Brasil, esta peças são enviadas em forma de know how, como se fossem quebra-cabeças, e são montadas na zona franca do Brasil, podendo ser comercializadas localmente ou sendo itens de exportação.

Este exemplo é fictício, mas poderemos encontrar diversas empresas que praticam algo não muito longe disto. Poderemos exemplificar isto com o processo globalizado de produção das motos Dafra: Inicialmente a Lifan projeta os componentes da motocicleta conforme as descrições da Dafra e envia para a produção em empresas da mesma companhia. Estes empresas utilizam o Alumínio que é extraído pela VALE em Paragominas (Minha cidade), que foi processado e transformado em alumina e posteriormente em lingotes de alumínio em Barcarena pela Alunorte para fabricar para bloco do motor. Já outras empresas da companhia fabricam os demais itens como o chassis com o aço feito com o minério de ferro também oriundo do Brasil em minas como a de Carajás. Depois de fabricados estes itens são exportados para o Brasil em forma de Know How, e a empresa Dafra monta estes componentes e comercializa os demais componentes.

Muitos dos itens Made in Japan, na verdade são confeccionados na China ou em Taiwan, devido ao pequeno território japonês que dificulta a implantação de empreendimentos industriais, aliás o Japão é um dos maiores investidores no mercado Chinês ficando atrás apenas dos EUA. Vejam o exemplo da Honda neste site da própria empresa que listam diversas empresas do grupo que hoje estão situados na china (http://world.honda.com/group/China/).
Atualmente a China é o 2º país que mais exporta itens industrializados, esta explosão econômica devido a globalização, é a causa do aumento da demanda de produtos made in china no mercado.

Hoje fiquei sabendo que a Wuyang é parceria da Honda na China, assim como a Haojue e a TVS é/foi parceria da Suzuki.

Olhando pelo lado da História, a grandeza milenar da China se deve a uma série de fatores. Um deles foi a construção do Grande Canal, uma "transposição do rio São Francisco" feita há mais de 2 mil anos e que permitiu a produção e distribuição de alimentos/bens por todo o território com baixo custo, que funciona em parte até hoje.

Se fosse construir uma obra dessas atualmente, não obteria licença ambiental e ia chover protesto de ecologista...

Temos que pensar o que queremos nesse nosso Brasil. Ou garantimos o habitat dos tuiuiús ou a vida digna de Josés, Marias, Aparecidos...

Ainda é preferivel para a saúde do nosso planeta garantir o lar dos tuiuius, pois precisariamos de mais um planeta Terra para suportar o ritimo de produção de outra China.

Mas a a vida digna de Josés, Marias, Aparecidos, podem sim ser garantidas com um novo conceito de desenvolvimento, o desenvolvimento sustentável, e o Brasil sim é pioneiro neste conceito, apesar deste conceito ainda ser muito teórico, em breve será algo prático. Muitas empresas que atuantes já são orientadas pelo governo através das fiscalizações do IBAMA e regulamentações do CONAMA, a realizarem processos produtivos com métodos que reduzam os impactos ambientais. Um exemplo disto é o programa PROMOT, já estamos na fase 3, as novas motocicletas do modelo 2010 já saem de fábrica poluindo menos. O nosso país já possue as frotas de motocicletas e carros menos poluentes do mundo.
O desenvolvimento sustentável ainda tem muitas coisas a serem incluidas e muitas evoluções, muito caminho pela frente.
Afinal de contas só vi brasileiros usando máscaras com a pandemia de H1N1, mas na China pobres coitados, o progresso trouxe inúmeros poluentes para o ar que a máscara lá é um ítem obrigatório para a vida dígna do Jochi, Makijas, Ataychidos.

Não tenho nada contra os tuiuiús, até gosto deles.

Mas a questão é que o Grande Canal não tem nada a ver com esse surto atual de poluição que a China vive para atender à sede de consumo do modelo de mundo capitalista.

O Grande Canal permitiu prosperidade e desenvolvimento sustentável durante 2 mil anos, sem poluição, apenas garantindo agricultura e transporte. Do mesmo modo, a transposição do São Francisco não pode ficar presa por esse tipo de questão ambiental.

Não existe condição de sobrevivência para a humanidade sem impacto ambiental. Ideal que seja mínimo. Mas nem tudo é possível.

Vivam o tuiuiú, o Jochi e o Zé. Mas se eu tiver que escolher entre um e outro, fico com a Maria.

Um abraço,

Jeff

Não incluo o grande canal da china, e nem o projeto de transposição do rio São francisco como os grandes agentes causadores da poluição X ou Y. Será se devo utilizar poluição 1 e 2 para o Fuzzy enteder? He he.

Deixando de gracinhas, e voltando ao assunto. Se a transposição for feita dentro dos conceitos de sustentabilidade eu sou 100% a favor, não como um projeto para levar água para um bando de latifundiários.

Mas meu amigo Jeff, eu só quiz enfatizar que o Brasil, para crescer não precisa seguir o modelo chines (foi isto que a principio eu entendi, o brasil para crescer tem que fazr como a china), mas devido a comunicação pela web ser assim, a par das interpretações, peço desculpas.

Não esquenta não, quando a gente puder pegar aquela estrada, poderemos trocar ideias sem malentendidos...

E Deus me livre de latifundiário, latifundiário é resquício da Idade das Trevas (acho que a palavra resquício também...). Nem lembrava dessa crasse...

Só quis enfatizar a necessidade de a humanidade se reinventar e começar a pensar em novos projetos (que nem precisam ser tão novos assim) para a gente conseguir atravessar os próximos séculos com justiça social.

Redução do consumo desmedido, aproveitamento de desertos para a construção de usinas solares e eólicas, cidades subterrâneas que não necessitem de ar condicionado, ilhas flutuantes, as pessoas vivendo todo seu potencial e não apenas como meros consumidores, produtores ou multiplicadores de capital...

Quero finalmente viver o século XXI que esperei tanto tempo!

Um abraço,

Jeff

Samio escreveu:Não incluo o grande canal da china, e nem o projeto de transposição do rio São francisco como os grandes agentes causadores da poluição X ou Y. Será se devo utilizar poluição 1 e 2 para o Fuzzy enteder? He heser assim, a par das interpretações, peço desculpas.

Tou lendo... Tou lendo!...

Samio escreveu:Será se devo utilizar poluição 1 e 2 para o Fuzzy enteder?

Sem chance....