Chassis empenado

Ola amigos do Fórum.

Tenho uns amigos que fazem trilha e um deles tem uma Sahara adaptada para trilha, no meio de uma trilha de regularidade, (sem velocidade e com tempo controlado) o quadro se quebrou no meio, junto com eles tinha outra Sahara mais velha, uma Falcom e muitas motos mais leves, XTZ e Tornado, e só o quadro dele se quebrou. EU VI, e olha que o quadro das Sahara são bem forte. Quebrou em duas partes e o motor ficou na parte de trás.

Não acho tão impossível assim não de uma moto ter o quadro quebrado. Conheço uma oficina de motos aqui que tem uma maquina (gabarito hidráulico, sei lá) que serve somente para desentortar e consertar quadros de motos quebradas e tortas. O cara tem tantos consertos que tem de marcar hora com antecedência.

Esta oficina de consertar quadros de moto atende a todos os fabricantes porem tem um contrato de exclusividade com a revenda Honda oficial de minha cidade.

Bem, se eu fizer trilha com a Kansas, aposto que o quadro vai quebrar mesmo.

A Sahara foi fabricada entre 1991 e 1999. Então, foram entre 10 e 18 anos de grandes esforços a que ela foi submetida, sabe-se lá se dentro ou fora dos limites para a qual foi projetada. A quebra por fadiga é uma possibilidade mais que provável nessa condição.

Mas numa coisa concordo contigo, nossas motos são mesmo frágeis. É o preço que pagamos pelo baixo custo.

Não imagino minha Kansas rodando daqui a 20 anos. Gosto dela, mas considero uma moto barata* que cumprirá sua função nesse período. Se aguentar 10 anos, já terá mais que se pagado. Não me imagino continuando a usá-la daqui a 5 anos. Já pretendo estar com outra moto mais potente, que também será trocada antes que comece a dar mais problemas que vantagens.

Aliás, essa é uma mentalidade que tem que mudar no Brasil.

Todo veículo velho se torna inseguro. Querer que uma máquina dure mais do que 10 anos é válido para um investimento uma moto de 30 mil reais. Moto de fim de semana que faz 500 km por mês.

Mas uma moto dessas populares de uso diário, 2 a 3 mil km por mês, terá de retificar o motor a cada ano, ano e meio. Em cinco anos, já terão sido 3 retíficas. Compensa?

Além disso, uma moto com mais de 10 anos pode se tornar um perigo se não receber manutenção adequada. E quanto mais velha, essa manutenção fica cada vez mais cara.

Eu encaro do seguinte modo:

Nossas motos não são investimentos para o futuro. São opções de transporte barato e, da maneira que vejo, em cinco anos se depreciam 100 reais por mês. 3 reais por dia. Mesmo que ao final desse prazo eu não pegue nada de valor de revenda, já estará bom demais.

Mas essa é apenas a minha opinião.

Um abraço,

Jeff
*PS: para ter uma referência, em 1979 uma CG custava 4 mil cruzeiros, exatamente 50% do valor de um Fusca 0 km. Hoje um Fiat Uno custa na tabela uns 22 mil. Uma Speed custando 5 mil, representa menos de 25% desse valor. As motos Dafra estão baratas, tanto é que me animei a comprar uma...

Ola amigos do Fórum.

Concordo em 99% contigo.

Sigo a sua linha de pensamento

É tanto que muito embora meu carro (tenho moto também é claro) seja um bom carro (Santana completo) ele já tem 10 anos de uso e muito embora esteja em excelente condições de uso e eu não tenha dinheiro sobrando no momento, vou fazer um esforço para trocar por um modelo um pouco mais novo para evitar manutenções mais freqüente.

Hoje Bebél foi para a revisão dos 6 mil km.

Aproveitei para uma fazer uma incerta e voltei agora há pouco de lá da oficina.

Bebél estava quase totalmente desmontada, tanque de gasolina no chão, filtro de óleo removido, cabeçote aberto, fazendo regulagem de válvulas. Reclamou da falta de privacidade, mas falei que era para o bem dela.

O que chamou a atenção:

1) O Yamalube deixou o cabeçote totalmente limpo, nenhum carvãozinho. Parecia que aquele motor nunca tinha sido usado. Até o mecânico comentou que era raro abrir um motor limpo daquele jeito.

2) O chassi é muito bem feito. O tubo principal apresenta uma espessura muito boa, com soldas muito bem executadas. E olha que sou tecnólogo de soldagem, tenho olho para essas coisas. O conjunto não é frágil e não tem o menor risco de "partir ao meio" como afirmam nessas campanhas orquestradas.

Estou cada vez mais satisfeito e confiante em minha moto. Pena que demorei tanto para comprar.

Mais tarde eu posto que serviços foram executados, o que foi trocado e o resultado geral da revisão.

Um abraço,

Jeff

Jeff

vc não é tecnólogo pela Fatec SP não né?

pq faço projetos mecânicos lá HEUAOHEAUIEA

Mais então, como estou no 1º semestre ainda, não consigo projetar uns reforços legais pro quadro dela...

vc consegue? tem como a gente fazer um bem bolado nisso aí? hehe

[]'s

Concordo quanto ao desenho e soldas bem feitas.

Como a produção da ZS125-30 , nossa Dafra Kansas 150 e feita em um ritmo gigante e uma produção para o mundo todo, o sistema pode apresentar falhas de construção e de materiais.devido ao grande volume de produção. podem acontecer falhas principalmente de material.

Ninguém esta isento deste fato, nem mesmo os grandes fabricantes mundiais estão a salvo de acontecer falhas do processo produtivo.

ate o quadro da crf 230 que é feito para trilha e cross quebra

https://dafra.forumeiros.com/post.forum?mode=reply&t=2087

FelipeK,

Fatecano sim, só que da primeira metade dos anos 80 (do tempo em que ainda não existia nem projeto dos edifícios novos... bons tempos aqueles, a gente saía da Tiradentes e ia direto para o comício das Diretas Já no Anhangabaú — havia muita esperança nos anos 80...)

Mas fique tranquilo, se eu for um dos ganhadores na loteria da virada, te chamo para participar do projeto e construção da(s) minha(s) moto(s).