Dúvida: Primeira moto

Saudações senhores dafreiros.

Estou acompanhando o fórum a alguns dias porque tomei uma decisão importante: quero uma moto pra mim! O objetivo principal é: economia.

Sou um motorista de automóveis habilitado apenas na categoria B à 4 anos e a única experiência prática que tive com motocicletas foi na garupa de uma Sundown 150cc indo pra antiga faculdade em Americana (cerca de 35km) a alguns anos por cerca de duas semanas. Nunca pilotei e desde então nunca mais fui nem garupa nas motocas.

Contudo, desde adolescente tenho muitos amigos e parentes que possuem motos, e pela convivência com eles eu aprendi que pra frear ou tomar qualquer atitude repentina numa moto é muito mais complicado e arriscado do que num veículo de quatro rodas, por isso sempre dirijo com o máximo de atenção pra fornecer espaços e facilidades de passagem pra turma de capacete.

Enfim, tenho mania de rodear demais no assunto, o último paragrafo é o que interessa, então se quiser pode pular pra lá. Decidi que até dezembro me habilitarei na categoria A e depois comprarei uma moto pra ir trabalhar (cerca de 20km de casa na Rod. Dom Pedro I) voltar pra casa, e ir e voltar pra faculdade (cerca de 30km cada na Rod. Anhanguera e avenidas de Campinas). Meu objetivo não é economia de tempo, mas sim economia de dinheiro, tenho gastado demais com combustível, tenho um carro e mesmo sendo 1.0 (um Fiat Uno Fire) ele tá me deixando mais pobre do que sou.

Logo de cara eu segui o padrão "Vou comprar uma CG Titan 150" (me desculpem se não é permitido mencionar o nome de concorrentes, seguindo outro padrão não li as regras específicas de postagem no fórum). Todo mundo a minha volta só fala isso "Vai comprar uma moto pra ir trabalhar? Com uma titanzinha vc gasta 40 conto e vai o mês inteiro" ou "Vai comprar moto? Que seja Honda pelo amor de Deus". Todo novato no mundo sobre duas rodas deve sofrer essa influência, portanto não me recriminem.

Mas como bom cético e livre pensador, decidi abrir minhas asas (qualquer trocadilho é mera coincidência) e voar pra expandir meus horizontes. Então eu me lembrei da Yamaha 125 (que fujiu o nome), da Sundown que foi a única experiência prática e da tal Kasinski. Descartei todas e nem sei bem o motivo, menos a Sundown por ser minha unica referência pessoal e a Titan. Então minha mãe me disse esses dias "Você já viu as Dafras? Elas são baratas.". Pô, minha mãe odeia moto, tem aquele medo padrão enraizado por telejornais sensacionalistas, que diabos ela pensa que acha que tem direito pra indicar moto pra mim? Mas como filho querido e por respeito a ela eu entrei no site da Dafra. E me deparei com essa jóia rara chamada Apache RTR 150cc. Já me encantou de cara... Eu pensei "Po, linda e agressiva desse jeito deve ser 250cc e é uma fortuna" mas estava sortudamente enganado. É mais barata que a Titan, fora o design que eh surpreendente e vai fazer sucesso no condomínio que eu moro hehe.

Me apaixonei e fui correr atrás de informação... Hoje é o terceiro dia de pesquisas incansáveis sobre todos os detalhes, opiniões e mais opiniões, comparações e mais comparações. E estou totalmente inclinado a ter uma Apache como primeira moto. Só que o medo de primeira experiência negativa sobre duas rodas ainda ronda (novamente qualquer trocadilho é mera coincidência) sobre minha cabeça.

Resumindo, eu peso 95kg, tenho 1,77m e nunca pilotei uma moto na vida. Na opinião e experiência que eu sei que vocês tem, a Apache é uma boa moto pra me apresentar o mundo sobre duas rodas? Tem sugestões de outra moto, Kansas ou Speed talvez? Enfim, opiniões são muito bem vindas.

Obrigado desde já pela ajuda e me desculpem caso tenha inflingido alguma regra do fórum.

P.S.: Informação adicional do habitat que eu vou encarar com a minha futura magrela: Rod. Dom Pedro I às 08:00 e às 18:00, um trânsito pesado onde os automóveis não imprimem mais do que 70km/h de maneira muito arriscada porque o fluxo é grande. E pra ir pra facul eu pego a Anhanguera mais leve e umas avenidas de Campinas que não são muito congestionadas, fora que pra voltar às 23:00 a Anhanguera está livre. Resumindo, um pouco de transito pesado e um pouco de pista livre.

Olá, Gótico!

Bem vindo ao mundo das duas rodas!

Não há problema em mencionar outras motos, este fórum é de usuários e a discussão é livre, desde que seja de mente aberta, como você disse.

A titan é uma ótima moto, assim como a yamaha factor. E a apache não fica atrás (em todos os sentidos). Pude andar com a Apache do Wagner Mota, e achei a moto ótima e muito fácil de pilotar. Todos os usuários estão muito satisfeitos e o teste de longa duração que está sendo feito por uma revista especializada (se não me engano a Motociclismo Magazine... ou a Duas Rodas...) não indicou nenhum problema. Seria bom acompanhar, estão a ponto de abrir o motor após 10 ou 20 mil km.

Quanto a ser sua primeira moto, você tem uma vantagem: a experiência com o trânsito que se adquire com os automóveis o torna consciente dos riscos envolvidos e das armadilhas onde não se meter. Sobre a pilotagem, as apache tem uma posição mais esportiva que as outras motos, porque os semiguidões são mais baixos que o guidão tradicional.

Por coincidência, minha primeira moto foi uma cg e de cara troquei o guidão original por um guidãozinho "M", que deixava a posição de pilotagem muito parecida com a da apache. Você não vai ter dificuldades, basta se preocupar em manter a coluna reta.

Também conheço bem essas estradas que você mencionou, tenho percorrido regularmente esses caminhos com minha kansas (minha filha estuda na Unicamp, então pego a Bandeirantes, Anhanguera e a D. Pedro I até Barão Geraldo).

Não há problema em fazer esse percurso com a kansas, e a apache anda uns 15 a 20 km/h mais rápido. Depois que você estiver habituado com sua moto, e estiver habituado com as práticas de pilotagem com segurança, será tranquilo. Mas somente se aventure nessas rodovias depois de adquirir boa vivência com sua moto; conheça as reações dela, os limites, os tempos de frenagem e aceleração, a capacidade de fazer curvas sem raspar as pedaleiras no chão.... assim, quando estiver fazendo uma curva e isso acontecer, você não se assustará.

A mesma coisa vale para a frenagem de emergência. Frear uma moto é um pouco mais complicado que um carro. Use preferencialmente o freio dianteiro, que possui maior capacidade de desacelerar a moto, e menos o traseiro (que tende a travar a roda, o que pode causar uma derrapagem para um dos lados).

Praticando essas situações em um local seguro, você poderá reagir instintivamente em uma situação de emergência, sabendo exatamente o que sua moto irá fazer naquela condição.

Outra coisa: esqueça tudo que você aprendeu com o carro, isso não é aplicável às motos. Não adianta querer andar na boa, trocando as marchas em baixa rotação. Motores de motos pedem rotações bem mais altas para funcionar. E também exigem trocas de marchas muito mais frequentes.

Durante os nossos passeios, pude acompanhar o pessoal trocando marchas da mesma maneira que num automóvel, tipo passar por lombada e sair em terceira marcha. Numa moto, isso acaba com o câmbio, porque as marchas altas não são feitas para fazer força. Há necessidade de cambiar muito mais, manter o motor sempre com os giros altos para que a moto responda de maneira adequada. Isso é uma vivência que se adquire com o tempo, mas pode custar caro se não for adquirida a tempo...

Há muitas boas dicas em outro tópico criado pelo Wagner, "kansas: dúvidas gerais e novato". Apesar de voltado para as kansas, muito do que está dito ali é universal para todas as motos.

Pode perguntar à vontade, suas dúvidas poderão ajudar muitos outros novos pilotos que estão migrando dos carros. E quando estiver com sua moto, junte-se a nossos passeios. Volta e meia estamos passeando aí pela região. Ótima oportunidade de tirar dúvidas e fazer novos amigos!

Um abraço,

Jeff

Jeff,

Muito obrigado por expor sua opinião e me dar algumas dicas. Estou pesquisando bastante sobre o assunto, tanto dicas sobre pilotagem, como informações e mais detalhes sobre as motos que estão ao meu alcance aquisitivo.

Sobre a vivência com a moto pra eu começar a circular pelas rodovias, que você mencionou. Justamente estive pensando em andar bastante com ela por um tempo, pelos bairros e tudo mais, e depois umas esticadas pras rodovias em horários que não tenha um fluxo muito pesado pra eu ir conhecendo as reações dela, é o raciocínio correto acerca da pilotagem?

Obrigado também pela indicação do tópico do Wagner com mais dicas ainda.

Ah, e pode crer que eu vou frequentar o fórum e na primeira oportunidade de um passeio com a galera eu vou com certeza! Estive acompanhando o fórum e a galera parece muito agradável!

Até.

Falou tudo jeff, é importantíssimo a gente saber as reações e limites das nossas motos, mas, eu, que só tinha andado dentro da cidade, nunca tinha pegado uma boa estrada, quando fui, segui essa mesma linha de conhecer todos os limites da motoca, todos mesmo, a única ressalva que eu posso fazer é que a 100 km/h é complicado uma frenagem de emergência, então, é bom se habituar a ver todos os ângulos possíveis e tentar evitar situações em que possam exigir uma manobra mais arriscada, em relação a rodovia, acho valido 2 conselhos, nunca ultrapassar na descida (mesmo que o caminhão esteja a 60 km/h - ele vai aumentar a velocidade muito rapidamente) e outra que eu acho muito valida, só ultrapassar se tiver absoluta certeza de que pode fazer a manobra (um macete - muitos motoristas de caminhão gostam de cortesia, quando for ultrapassar e não tiver 180% de certeza que pode fazer a manobra em segurança, posicione-se na lateral esquerda do caminhão, de uma breve piscadinha no farol, observe a seta pra direita do caminhão, se ele piscar, pode ir tranquilão - lembrando que o caminhoneiro também é humano, e não da pra confiar unicamente nisso, se alguém piscar o farol, cuidado, não é boa hora para ultrapassar, relaxa e tenta ver a paisagem, mesmo que vá chegar atrasado, isso ajuda e muito a esquecer da pressa, a pressa é inimiga do motociclista. Espero que tenha ótimos momentos com a sua moto, seja qual for, sempre será bem vindo aqui neste fórum, pois experiências são mais importantes que qualquer marca de moto.

Abraços

Cassio, muito obrigado também pelas dicas e por sua opinião!!

Vou anotar essa tática de não ultrapassar na descida. E sobre a cortesia dos caminhoneiros eu concordo contigo, já pude "provar" dessa cortesia inclusive no carro. Caminhoneiro é muito gente boa, sempre procura facilitar o andamento do trânsito, inclusive numa certa vez no começo da minha experiência com carro teve um caminhoneiro que colocou a roda direita no acostamento pra eu ultrapassar numa pista simples. Enfim, mas existem muitos caminhoneiros cabaços, como existem motoristas, motociclistas, pedestres etc.

De qualquer forma, muito obrigado por essa dica também. Mal vejo a hora de iniciar minhas aulas e adquirir minha motoca rsrsrs Já até sonhei que tinha comprado uma

Bem lembrado, Cassio

Nossas motos andam mais ou menos na mesma velocidade que os caminhões, conseguem ultrapassá-los quando eles perdem o embalo na subida, mas não têm potência suficiente para ganhar deles quando eles estão embalando na descida.

Uma estratégia que uso na Bandeirantes é ficar na segunda faixa sempre que possível. Assim eles ficam livres para ir na velocidade que precisam sem precisar mudar de faixa, e é mais fácil para os carros mudar de faixa. Já quando aparece um ônibus eu me encaixo na faixa da direita, para não obrigar o coletivo a ir para a faixa dos autos.

Outra coisa: na viagem a Foz, pude constatar o seguinte: viajar o tempo todo com o cabo enrolado faz o óleo baixar mais rapidamente. Na primeira perna da viagem, maneirei e o óleo se comportou como sempre, sem baixar. Na volta, vim acompanhando todo mundo, e o óleo deu uma bela baixada.

Então, quem pega a estrada todo dia, tem que conferir o nível de óleo toda manhã, para não acontecer o mesmo que a moto do Paulinho Alma.

Um abraço,

Jeff

jeff,
Em relação ao óleo, a Carol com apenas 1 mil km rodados (pode ser essa a explicação), fui com o cabo enrolado por 1300 km e não baixou nadica de nada, outra explicação que posso deduzir é que rodei bastante com chuva, o que pode ter contribuído pela baixa temperatura do motor e possivelmente evitou que o óleo baixasse, vamos ver na próxima viagem, já com mais de 10 mil km como vai ser, pretendo usar o mesmo yamalube quando eu for, daqui a algum tempo

A propósito, o que seria viajar com o cabo enrolado? Eu não entendo muito das alcunhas motociclisticas

Seria o mesmo que andar com o pé embaixo :-)

@L340 - Agora eu entendi tudo!!! rsrsrs obrigado cara!

De nada cara, fique a vontade para tirar suas dúvidas.

Vamos lá, agora com mais calma darei minha opinião.
Sobre pilotagem, vale tudo o que o Jeff falou e mais um pouco.
Tem inclusive uma área aqui sobre isso com muitas e muitas dicas de segurança, só gostaria de acrescentar uma coisa sobre a frenagem:
Não sei se a Apache é tão violenta de freio quanto a Kansas, mas eu já travei a dianteira em um susto, se eu tivesse inclinado e em alta velocidade teria “comprado terreno” lá no Jaçanã. Portanto, vale aquela dica de aprender os limites da moto e tomar cuidado com a intensidade da freada.
Outro ponto que gostaria de observar é quanto a economia que você está esperando.
Nem a Titan, nem a Speed, nem a YBR, nem a Apache e eu acho que nem mesmo a super 100 vai te dar uma economia de 40 reais por mês.
A minha Kansas está beberrona e preciso levá-la na Associação Anti-gasolinólica para resolver isso, mas a média que faço com ela é de 30 reais por semana. Quando andava de Intruder não era tão diferente assim, era coisa de 25.
Inicialmente você terá uma série de gastos como capacete, capa de chuva, CNH, luvas, etc.
Fuja do chamado “Kit motoboy”, que é tudo do mais barato. Se puder comprar um capacete melhor, mesmo que parcelado, compre. Já andei com capacete de 40 conto e te digo que não vale a pena economizar nesses itens, por sorte nunca tive nenhum acidente, mas se tivesse, talvez tivesse me machucado mais por conta de equipamento de proteção vagabundo.
Não estou dizendo para você comprar capacete de 3 mil macacão de 2 e botas de 700 mangos, apenas que dentro de suas possibilidades você se proteja da melhor forma.
Quanto ao que dizem de comprar Honda, existem diversos pontos a ser considerado, como ser mais visada pra roubo, porém, Honda você encontra peça paralela até na Farmácia, coisa que não acontece com as Dafras em geral, assim como nas Suzukis, então tenha em mente que se você cair será um soco no estômago para arrumar. Isso é mais um motivo para tomar mais cuidado. ;-)

@L340 - Valew pelas dicas e pela opinião geral do tópico. Quanto mais opiniões e pontos de vista melhor

Sobre o que você disse da economia, mesmo sem saber muito sobre moto eu fiquei meio descrente quanto a gastar só 40 dinheiros pra trabalhar e ir pra faculdade o mês inteirinho. A economia não é tão gritante assim, mas ela existe e é por conta disso que eu estou planejando entrar pra turma de dafreiros rsrs. Você disse que gasta 30 por semana, o que dá um total de mais ou menos 120 mensais e isso é muito atraente pra mim mesmo você dizendo que sua Kansas tá beberrona, porque como todos sabem o gasto de combustível com um carro é muito maior, no meu caso por exemplo, se eu for todos os dias de carro pro trabalho e faculdade, eu gasto o dobro disso aí tranquilamente. Aí eu alterno: vou trabalhar de onibus e pra faculdade de carro. Aí eu gasto dinheiro pra caramba com o carro, e gasto paciência com o onibus. Sexta-feira eu fiquei míseras uma hora e quarenta minutos pra andar 20km na Rod. Dom Pedro I, pensa minha alegria num ônibus lotado e em pé naquele inferno. Ah, falando nisso eu fiquei reparando nas motos que passavam e vi uma Apache

Foi a primeira que eu vi "ao vivo", só que o cara passou muito rápido.

Quanto aos equipamentos, eu tinha lido algo sobre adquirir o tal "kit motoboy" e tudo mais. De qualquer forma meu objetivo ao adquirir uma moto seria a economia com combustível, mas eu tenho consciência que não é legal fazer essa economia com os equipamentos de segurança, principalmente porque todo mundo sabe que, querendo ou não, andar de moto no trânsito caótico e despreparado hoje em dia é muito arriscado. Por isso eu já planejo e levo em conta a aquisição de equipamentos bons pra me fornecer segurança, e pretendo treinar bastante pelo bairro e pela rodovia nos finais de semana e pilotar da maneira mais segura possível pra não correr riscos, tanto financeiros como de vida mesmo.

Aproveitando essa ponta dos equipamentos. Vocês poderiam me indicar marcas e modelos de equipamentos bons pra eu dar uma olhada só por curiosidade. Se tiver algum tópico sobre isso (o que é muito provável dada a organização do fórum) mencionem a palavra chave que eu procuro.

Obrigado a todos os amigos que expressaram suas opiniões e que tiveram a bondade de ler meu tópico.

jeff escreveu:Bem lembrado, Cassio

Nossas motos andam mais ou menos na mesma velocidade que os caminhões, conseguem ultrapassá-los quando eles perdem o embalo na subida, mas não têm potência suficiente para ganhar deles quando eles estão embalando na descida.

Uma estratégia que uso na Bandeirantes é ficar na segunda faixa sempre que possível. Assim eles ficam livres para ir na velocidade que precisam sem precisar mudar de faixa, e é mais fácil para os carros mudar de faixa. Já quando aparece um ônibus eu me encaixo na faixa da direita, para não obrigar o coletivo a ir para a faixa dos autos.

Outra coisa: na viagem a Foz, pude constatar o seguinte: viajar o tempo todo com o cabo enrolado faz o óleo baixar mais rapidamente. Na primeira perna da viagem, maneirei e o óleo se comportou como sempre, sem baixar. Na volta, vim acompanhando todo mundo, e o óleo deu uma bela baixada.

Então, quem pega a estrada todo dia, tem que conferir o nível de óleo toda manhã, para não acontecer o mesmo que a moto do Paulinho Alma.

Um abraço,

Jeff

Jeff...td em paz Brother? espero que sim!
Em Trindade teremos tempo pra saber detalhes da viagem a FOZ...estou na febre pra saber como foi em detalhes...hehehehe

então, bem lembrado sobre o Paulinho Alma..
e além de baixar o óleo tinha outra agravante, na época não sabíamos da questão dos 250ml a mais de óleo
explicado porque detonou o motor duas vezes...uma pena!

abraços
Wagner

Obs : Gótico...seja bem vindo ao forum....e.....boas voltas!!!!

Pode deixar, Wagnão!

As melhores estórias serão aquelas que contaremos juntos, a versão da visão de cada um.... hehehe

Gótico, lembrando uma coisa:

A D. Pedro I é cruel ao cair da tarde. O sol fica exatamente na linha do horizonte, ofuscando a ponto de você não conseguir enxergar o que está à frente. Você passa lá de carro e sabe como é. Um dos maiores sustos que tomei foi na bifurcação para pegar a Anhanguera, eu estava na pista esquerda e só percebi que tinha que estar na direita na última hora. A mesma coisa o cara do uno ao meu lado, quase que a gente se tromba ou vai parar na mureta... cruizcredo!

Depois da viagem a foz eu acrescentei um item nos equipamentos de segurança:

Boné por dentro do capacete, mas usado do modo certo, com a pala sobre os olhos. Ajuda muito nessas situações.

Também pode ser usada uma viseira, daquelas esportivas. Mas pegar o sol diretamente nos olhos é cruel.

Nem minha sobreviseira fumê resolveu a parada, o trecho perto de Maringá foi todo com sol contrário, difícil mesmo.

Um abraço,

Jeff

jeff escreveu:

Boné por dentro do capacete, mas usado do modo certo, com a pala sobre os olhos. Ajuda muito nessas situações.

Ham?
Mas da pra fechar a viseira? Se for aqueles "aba reta" vai tampar a visão toda, estou tentando imaginar aqui como seria usar um boné por dentro do capacete (eu nunca pensei nisso, esse fórum me faz pensar com tanta frequencia...).


Em relação a equipamentos de segurança, depois do meu acidente de grande monta com a Carol, tomei a consciência que uma jaqueta que eu tinha comprado 1 dia antes (alpinestar, segura muito bem o tranco) valeu muito a pena, o capacete eu não investi tanto e comprei um peels f21, a luva eu ganhei um bom desconto, tudo ficou em uma faixa de 800 reais e ainda dava pra parcelar sem juros, no dia eu me lembro que eu estava com uma calça jeans mais grossa e de coturno, foi o que fez eu sair praticamente ileso no acidente, pena que o capacete foi roubado no local mesmo e a jaqueta eu nem sei por onde anda, mas, se for pra indicar, eu indico essa jaqueta alpinestar (ou outra similar, é importante que seja reforçada, principalmente nas costas, cotovelos e peito), luva é de lei pra andar em qualquer rodovia, é só o tempo ficar úmido que eles estão lá, capacete que eu vejo não muito caro e confortavel foi esse peels, em relação a calça, usa uma mais grossa, se tiver condição, compre uma de preferencia impermeavel e que tenha reforço nos joelhos, não aconselho andar com tênis nem chinelo, melhor uma bota, tipo macbook ou tantas outras que existem no mercado e que fique firme nos seus pés, lembre-se, em uma queda, primeiro é a mão, depois o cotovelo e pés são os que mais sofrem impactos, então, nada melhor que proteger essas partes com mais atenção.


PS: nem vou mecher no texto, ficou massa, mas, eles que estão sempre lá, são os insetos, pardais de 6 pernas etc..

Bom, não é todo boné que cabe. Tenho um de pala curta (uns 6 cm) que se encaixa perfeitamente, permite fechar a viseira sem problema. Mais que isso não fecha.

O capacete é um mix gladiator com viseira não original, que é um pouco abaulada. Isso também deve ajudar.

Um abraço,

Jeff

Galera, é o seguinte, sou do RJ capital, tenho 38 anos, 1,82 cm e 100 kg, 20 anos de carteira b e nunca pensei em ter uma moto. Porém desde dez/2010 trabalho com o carro, um Corsa Classic 1.6 dh + gnv e rodo em média 100 km por dia. Há 6 meses resolvi que queria ser motociclista para trabalhar e porque não para o lazer também, assim há 2 meses entrei na moto-escola e não imaginava que iria enfrentar um verdadeiro calvário. Minha carteira b venceu, não tenho prazo para tirar a carteira a, pois o detran-rj está um bagunça só, assim minha b não renova, somente se eu desistir da inclusão da a e depois pagar tudo de novo. Ridículo né?
Lógico que não vou desistir, hoje meu sonho é planejar a compra da minha primeira moto e "devolver" o carro pra esposa!
Mas vamos ao que interessa, há 6 meses estou pesquisando sobre motos, tenho lido de tudo e conversado com todos os meus amigos motociclistas, mas todos são muito radicais, só falam em Honda, mas não sou conservador, minha mente é aberta para novos mercados, afinal o mundo gira assim, desta forma já pensei em muitas opções: Intruder, Yes, GSR150i, Super 100, Speed, Apache, Comet 150, Mirage 150, XTZ 125, Bros 150, Fan 125/150, YBR ou uma trail antiga (tipo xlr 125, nx 150, nx 200, xt 225, etc...), mas prefirio investir numa moto zero km. Um cunhado me fala que tem que ser moto cross e Honda, pois devido ao meu peso e altura, uma moto street seria "doloroso" rodar 100 km por dia. Mas na verdade estou buscando economia de combustível, autonomia, tecnologia e menos dor de cabeça possível, ou seja, não quero que minha primeira moto seja "quebradeira". Não estou nem aí pra potência, quero sim níveis tipo acima de 40 km/l e nada mais, até porque minha velocidade máxima sem demagogia será 70/80 km, pois aos 38 anos tenho consciência do que é conduzir uma moto em uma grande cidade como o RJ, ou seja, não quero saber de riscos nem loucuras. Dessa forma quero dizer que estou muito feliz de participar de um fórum com verdadeiras feras de conhecimento em motos, eu sou novato e estou aqui sedento pelas informações valiosas que cada um de vocês vão me passar. Hoje estou apaixonado pela Apache, já li sobre peças e manutenção, será que vale realmente a pena? Abraço a todos e que Deus abençõe a cada um e suas motos!

Paulo,

Bem vindo ao fórum !!
Como jack estripador, vamos por partes

Para andar de moto, é necessário estar habilitado na categoria A, você já começou bem, como você não tem experiência pilotando motos, é necessário que você analise muito todas as que você citou, eu, como tenho uma kansas, vou puxar a sardinha pro lado da kansas , mas, como você já tem a consciência, não vai sair feito louco por ai, e roda 100 km/dia, precisará de uma moto confortável, eu pilotei durante 10 anos uma cg 125 ano 1990, e andava em média 70, 80 km/dia, e sei o quanto era desconfortável, a kansas, por ter o assento mais baixo e a posição de pilotagem quase que sentado (não montado), então eu acho mais confortável, indico a você fazer teste drive em todas as motos, no rj e sp é mais fácil fazer test drive, em cidades menores é mais complicado, em relação a kansas, só tem uma ressalva, se for fazer test drive, experimente fazer com o comando avançado, pois, por você ser alto, o comando avançado pode ser uma boa pedida pra você. Vou puxar a sardinha pra kansas porque eu tenho uma e viajei 2500 km com ela, isso rodando 600 km/dia sem maiores problemas como eu teria em uma street ou outra, e a kansas se andar a 80km/h ela é capaz de fazer até mais de 40 km/l. Agora estou ansioso pra ver as opiniões de donos de apache, fan, ybr etc.

Abraços e boa sorte!!

Bom dia amigo Cássio,

Obrigado pelas boas vindas!

Seguinte, eu esperava mesmo que ao iniciar minha participação neste fórum, teria de imediato alguém que fosse começar a interagir comigo e sei virão mais opiniões valiosas de outros feras aí como você...Obrigado mesmo por querer em ajudar, quero muito fazer novos amigos e futuros companheiros motociclistas...
Vamos lá sobre o que você citou: desculpe a falta de conhecimento, mas o o que é "comando avançado" ? rs
Referente a motos estradeiras, eu também gosto muito, nesta categoria eu estava decidido pela Intruder 125 da Suzuki, que é inclusive utilizada aqui no RJ pelos correios, mas um amigo muito experiente e adorador de Honda me disse que esta categoria de motos apesar de ser muito confortável, não aguenta pisos irregulares, ou seja, aqui no RJ, apesar de todas as transformações urbanas, pois vem aí copa do mundo e olimpíada, temos vias muitos destruídas e esburacadas, essa é a minha preocupação em comprar moto dessa categoria, mas vou continuar estudando todas as possibilidades e todas as opiniões são muito importantes pra mim, pelo fato claro de ser um pré-novato...rs
Mais uma vez agradeço pelas informações prestadas e espero que seja a primeira de muitas...Grande abraço!

Comando avançado é um acessório de faz com que os pedais e pedaleiras (ou os comandos do pé) fiquem mais para frente, dando assim mais conforto ao pilotar, já que sua perna fica menos dobrada, daí o músculo fica menos tenso e o sangue circula melhor também.
Este é um dos modelos vendidos para a Kansas:

A parte onde ele é fixado no quadro é onde originalmente ficam a pedaleira e por conseqüência os pedais.
Existem modelos e modelos, pretos, cromados, com protetor de motor embutido, com pedaleiras e pedais próprios mas pelo custo benefício acho melhor um simples mesmo, mas isso já é assunto para outro tópico :-)
Se o seu foco é consumo, acho que as motos equipadas com IE tendem a te atender melhor, mas já ouvi relatos de Kansas (desde que bem reguladas) com boa autonomia e de Intruders e Yes (que são praticamente a mesma "plataforma" de moto) com o tal "macete do tubo" (um pequeno conjunto de modificações e ajustes que começam pelo tubo de ar) que rodam bem por litro.
A propósito, para a Intruder, também existem comandos avançados, mas costumam ser mais caros devido à estrutura do quadro dela, que é a mesma de uma moto Street (quando pensar na Intruder, pense numa moto Street anos 80).

Porém, existem especulações de uma nova Intruder para 2012 que é o mesmo estilo da Kansas, se você não tiver pressa, acho que vale a pena esperar um pouco, afinal, será com motor 150 com IE. Mas por enquanto não li nada oficial.
Pelo menos a Haojue que é quem fabrica a Intruder e a Yes para a Suzuki (e não lembro qual da Dafra) já tem esse modelo por lá, vamos ver se chega aqui de verdade.

(Se o que deveria ser Yes 150 I ficou como GSR150I, essa provavelmente seja Boulevard 150 I )
Quanto à velocidade, nem sempre é sinônimo de segurança, por vezes me sinto mais seguro em velocidades maiores onde não sou ultrapassado com tanto diferença de velocidade que quietinho, lá no canto e um paspalho decide ultrapassar pela direita e me "encontrar" por lá. Às vezes é mais seguro também sair me enfiando entre os carros e fugindo de motoristas distraídos que ficar correndo o risco de ser atropelado. Segurança é muito relativo.
Quanto ao conforto, a Kansas ganha de longe pela postura, mas no argumento sobre os buracos, ela deixa a desejar.
Primeiro pq o ângulo do amortecedor dela não ajuda muito, é bonito, mas absorvem menos os impactos, segundo pq o amortecedor dela também não é lá grande coisa, normalmente o pessoal troca, eu mesmo estou usando amortecedores de Intruder.
Já a Intruder, além de contar com um ângulo menos bonito mais que funciona melhor, tem amortecedores mais altos, o que proporciona esse vão feio quando se olha de lado, mas não raspa em lombada de jeito nenhum.

Nesse ponto, a Intruder é a mesma coisa que uma CG...
Ah, tem CG que é pior em conforto para o garupa, pq a Honda levou um século para entender que na suspensão não era um bom lugar para a pedaleira.
Se você pegar uma Bros, com certeza terá mais conforto quanto aos terrenos esburacados, mas terá uma postura diferente ao pilotar.
Você precisa analisar essas coisas, se seu caminho habitual é muito acidentado ou se você precisar pegar muito corredor, melhor investir mesmo numa off road (mais alta e mais fina), caso contrário, acho mais legal as estradeirinhas.
Mas como disse o Cássio, melhor vc fazer um test drive e ver como se sente em cada uma.

Prezado Amigo Guru,

Boa Tarde!

Mas uma vez agradeço por ser mais um aqui no fórum a querer me ajudar...Li atentamente todas as valiosas informações que você me passou!
Realmente eu sou encantado pela Intruder por ser completinha, econômica, confortável, barata, etc...
Cheguei a me encantar pelas opções da Kasinski (Mirage 150 e Comet 150), mas tenho lido coisas horríveis dessa marca e já desisti definitivamente...
Muito interessante essa informação do comando avançado, nunca fiz teste drive, mas já sentei numa Intruder e achei extremamente confortável, na moto escola treinei numa YBR e achei muito sem graça e mesmo com rodas de liga e start, considerei muito despojada, acredito que pior só a velha e consagrada CG. As Suzukis me atraem por conta de serem completas e terem marcador de marcha, que pra quem tá começando é importantíssimo!
Estou adorando esse momento de buscar conhecimento e trocar idéias com quem conhece do assunto. Minha expectativa é estar com a minha primeira moto em dezembro ou janeiro de 2012. Penso em fazer agora um consórcio e tirar a moto nesta época por lance, pois as parcelas de financiamento são muito caras e acho que não vale a pena e também porque considero ser merecedor de começar com uma moto zerada, esse é o meu sonho!
No momento estou encantado com a Apache, vou continuar observando todas as informações sobre ela, aguardo ainda ansiosamente pelo lançamento da Yamaha Z16 (Uma fazerzinha de 150cc) que será lançada em breve e que achei sensacional por ser injetada, linda e flex...
Obrigado mais uma vez por mais um módulo de aula neste aprendizado maravilhoso deste fórum dedicado ao mundo de duas rodas!
Grande abraço...Paulo Almeida-RJ

Olá, Paulo

Tenho aproximadamente sua altura e peso (1,78m e 110kg). 100 km parece uma grande distância, mas de moto você nem percebe, já que o trajeto passa a fazer parte da diversão e da aventura.

Você mencionou a apache, ela tem uma postura de pilotagem mais esportiva (você fica de certa maneira deitado sobre o tanque, pés para trás e debruçado sobre o guidão baixo). Pilotei a apache do Wagner, essa postura é exatamente a da minha antiga cg com guidãozinho esportivo... só que eu tinha 18 anos, e dor nas costas era coisa de velho... bom, melhor mudar de assunto. Mas o fato é que depois de algum tempo, o peso apoiado sobre o guidão começa a causar dor nas mãos.

Posso falar sobre a kansas, praticamente a única outra moto que pilotei na vida (as outras foram só voltinha no quarteirão). Para que ela fique realmente confortável, o comando avançado é fundamental. A pedaleira já fica numa posição mais à frente do que numa speed ou cg, mas ainda assim eu sinto cãibras quando piloto uma kansas original. O comando avançado dá outro nível de conforto.

O banco original é confortável para percursos de até 100 km. Mais do que isso, recomendo colocar um banco com mais espuma. Se pretende levar garupa, então o banco é obrigatório, a menos que você queira deixá-la de castigo....

E o item que transforma a kansas numa "estradeira" (para velocidades de 80 - 90 km/h reais) é a troca dos amortecedores por outros de strada ou intruder, mais no estilo da moto). Com isso a moto fica bem afinada para proporcionar conforto e boa dirigibilidade.

Sobre manutenção, a kansas tem alguns macetes bastante discutidos aqui no fórum. Caso opte por ela, ficando atento a esses detalhes, você provavelmente não terá problemas sérios.

E qualquer dúvida, é só perguntar.

Um abraço,

Jeff
PS: sobre a quilometragem, só uma injetada consegue proporcionar 40 km/litro. Sem injeção, é erro do velocímetro.

ou então uma biz

Amigo Guru,

Estou querendo uma moto de verdade, uma CUB a gente deixa para os adolescentes...rs

Abraços,

Paulo Almeida-RJ